Como disse um grande poeta lá de Sobral, no Ceará, cujas ideias realistas é sempre bom relembrar: “eu não estou interessado em nenhuma teoria, em nenhuma fantasia, nem no algo mais”. Eu não estou interessado em discursos baratos, sem nexo com os fatos, que rimam qualquer coisa com religião, qualquer ideia doida com sermão, numa alucinação banal no palanque da moral. O pior dessa loucura é que não se encontram nas farmácias os remédios para as falácias que surgem espontaneamente, diariamente, absurdamente, inacreditavelmente, dentro de suas mentes, como abortos saídos de seus dedos, constatados, registrados, ignorados, subnotificados, infundados, inexplicáveis, insustentáveis, enfim, sem sentido. Mas vendem esparadrapos para tapar as bocas dos fanáticos, dos lunáticos, que fazem das religiões verdadeiras seitas, proferindo ideias sem prescrições e sem receitas, colocando palavras na boca de Deus. Com todo respeito às suas crenças, meu nobre leitor, mas é que por aí tem muito enganador enganando a si mesmo e julgando com chicotes. No estalar de suas línguas, ouço chicotadas deturpadas de quem ainda não entendeu que o seu próprio Deus já lhes havia dito, e até deixado por escrito, que atirasse a primeira pedra aquele que não tivesse pecado. Pelo contrário. Fizeram foi como Davi, que matou Golias a pedradas. Compraram até estilingues para treinar a pontaria de sua infantaria infantilizada e totalmente atrasada (diria até “hipócrita”), de quem não tem nenhuma empatia para amar e respeitar os outros como a si mesmos. Ricardo Starling Brasília, 3 de fevereiro de 2021.



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