Fazer doações de alimentos para pessoas carentes é um ato belíssimo e estimulado por Cristo.
Se eu pratico a doação, ninguém deve saber, até porque Cristo me ensinou que minha mão esquerda não deve saber o que minha mão direita fez, quando eu doar.
Ele me ensinou também muitas outras coisas. Na mesma toada, Ele me disse que devo orar em segredo, no meu quarto, onde apenas Deus poderá ver, e não como os hipócritas, que gostam de orar de pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens.
Caso contrário, minha doação e minha oração de nada valerão (Mt 6, 1-6; e Lc 11, 1-4).
Quanto à fome no mundo, é importante fazer considerações acerca de uma observação muito pertinente de um dos grandes historiadores da atualidade (Harari): já erradicamos a fome no mundo – o que ainda existe são “fomes políticas”; onde há fome é porque aqueles governantes assim o querem (pag. 14 do livro “Homo Deus”).
Por isso, além de trazer no peito a bondade que se desenvolveu por meio da internalização de ensinamentos cristãos, também tenho a consciência de que não posso salvar o mundo contra a ganância dos atuais governantes, mas posso tentar colocar lá governantes que se preocupem mais com a fome, com a educação, com a saúde, com a redução das desigualdades sociais e regionais, com a erradicação da pobreza e com o bem estar de todos.
E, antes que alguém pense, nada disso é COMUNISMO.
Ricardo Starling
Brasília, 9 de setembro de 2021