Sociedade dos Poetas Velhos

Flagrei-me lendo devaneios
Sugados dos olhos para as veias
Como rios e seus veios

Versos cheios de rodeios
Presos como insetos nas teias
Secos como dejetos nos passeios

É chegada a hora
Então, não demora
Vamos embora

Deixando para trás
O que não satisfaz
O que não nos compraz

A velha poesia
Aquela utopia
Sem graça
Nem de graça

Ou seria distopia
De poetas com miopia?
Fibromialgia ou achismo?
E, pra piorar, com astigmatismo...

Precisamos rejuvenescer
Para continuarmos a crescer

Ricardo Starling
Brasília, 9 de outubro de 2021

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