Sopa de letrinhas

Ainda quando garoto,
comecei a escrever poesia
e rimava tudo, todo dia,
mas não ficava maroto.

Depois dos poemas,
passei a compor
com muito rigor
e estratagemas.

Mas hoje não sou mais escravo
daquela bobagem
da tal silabagem,
que considero um estrago.

Sou como Drummond,
o tal do Andrade,
livre na vida,
dizendo a verdade.

Rimas e métricas
apenas por estéticas
não me atraem mais
e acho até triviais...

Vou ficando por aqui
pra não soar juvenil,
mas é que de poesia infantil
eu “já estou por aqui”.

Ricardo Starling

Brasília, 5 de fevereiro de 2021.

6 respostas para “Sopa de letrinhas”

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